sexta-feira, 5 de março de 2010

O último motivo da rosa


No jardim, desolada, esquecida
Paisagem amargar, trêmula
Lá se encontrava, doentia e já
Sucumbindo à tardia vida

No cole, que a boca Seca oferece a terra
O ultimo lampejo que os olhos secos
Pousam sobre ela, miragem triste
De um triste jardim

Então eis que estranha, está muda
Sem néctar sem cor alguma
Seu nome tomba-te tua beleza e sem gracejo ali está ela
Ficada na terra infértil e suja

Leandro Goulartt

Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.

Rosas verá, só e cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.

      (Quarto Motivo da Rosa)
Cecília Meireles




5 comentários:

  1. Adoro rosas...mais no jardim do que no vaso...bem mais no jardim...
    beijo
    Leca

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  2. É, poeta! Nada como a paixão para despertar nossa vontade de falar de rosas. Sempre bom ler um post dessa qualidade. Abração.

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  3. Lindo poema!
    Mas a paisagem ficou dolorosa, muito triste, adoro rosas rosa.
    Beijo e tenha um ótimo fim de semana!
    Juliane

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  4. Fina e bela a tua poesia. Escreveu as delicadezas da rosa amargada sobre a terra pobre.
    Lindo, lindo de mais! Parabéns!

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