domingo, 28 de fevereiro de 2010

AO AVESSO


Ao avesso se inclina
Se - entorta, se empina

Uma dobra de esquina
Uma dobra de papel

Ao avesso se mostra
Uma rosa, uma fera

Uma faca dilacera,
Os outros eus que a na gente

Estranha sensação de transparência
De ser claro ser essência

De ser você
Como você é.

Leandro Goulartt 


Poderias tu
Entender esse avesso meu
…que tenho e não nego?

Luisa

2 comentários:

  1. Ah, quantos eus já dilacerei, poeta! E quantos ainda hei de dilacerar.
    Nossos avessos revelam nosso exótico, que espanta, atrai e assusta ao mesmo tempo.
    Lindo poema, como sempre!

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  2. E é ótima querido essa sensação de transparência, de estar aqui e agora, completamente.
    Uma boa semana.
    Beijos!

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