A cor era amarela mulher de quadro faces
De olhos Verdes de bela face, generosa
De fina silueta cabeleira cheia de seios fartos
A cor era amarela
Mais o que não se vê não se seqüestra
Fica invisível, aos olhos do ódio e aos da paixão
Romântica, arcaica
Preparava seu café arrumava-se a mesa trocavam-se as flores
Era apena uma mulher simples, nua de alma, coberta de desejo
Pouco se sabia de suas úlceras dos seus segredos
Intomata conhecia as artes dos homens e as artes das feras
Era uma mulher urbana mais também uma mulher da terra
A cor era amarela, amarelo ouro, amarelo lúcido amarelo por de sol
Era apenas uma mulher simples singela sem complexidade
Mais agora confusa e complexa " vermelha" não mais amarela
Leandro Goulartt
"Amarelo deserto e seus temores..."...
Djavan