quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CRESCENDO,E MORRENDO



Cresce para dentro um inofensível dormento.
Cresce como o silêncio de segundos despercebidos.
Cresce subitamente como um grito,
De susto e de terror.

E cresce como peste no vendo,
Hera no carvalho,diabo no templo.
Um inflamável desejo,
De se explodir como uma bomba.

Cresce, dentro,
Uma inofensível morte fragilizada.
E tão já sensibilizada,
De tudo que me é fatal.

Leandro Goulart

domingo, 13 de setembro de 2009

PAG 43. AS FLORES

Aquarela, cores de amados desejos.
Enfim eram lindas,
Sadias fortes revivificantes.
Todas estavam ali fincadas na terra, de faces voltadas para o céu.
E eu, mórbido, inerte, apenas observando aquele teatro de fascinação.
E naqueles, segundos nem me percebi,
Eram elas, apenas elas.
As flores.
Infinitas flores que brotavam no jardim do coração.
leandro goulart