sábado, 31 de maio de 2008

Sexo, drogas e magia: o diário de Paulo Coelho é revelado






Paulo Coelho: nem precisa dizer que a vida dele daria um livro. Já deu.
Com obras publicadas em 160 países e adorado em todo o mundo, Paulo Coelho não teve medo de abrir seu baú (literalmente, já que ele tinha um baú com diários guardados desde a adolescência) e revelar momentos não muito gloriosos de sua lenda pessoal – como ele mesmo costuma escrever. Momentos esses que contribuíram para que ele chegasse aonde chegou e se tornasse o maior fenômeno editorial brasileiro, com mais de 100 milhões de livros vendidos em todo o mundo. Em “O Mago", de Fernando Morais, que chega às livrarias neste sábado, 31, estão lá o envolvimento com as drogas, com o satanismo e todo o tipo de magia, e também passagens pouco conhecidas de sua vida, como aquela em que ele apóia uma namorada, atordoada depois de abortar um filho dele, a tentar o suicídio. “Estou muito chateado por ter interrompido tão importante processo. Se você decidiu morrer, vá em frente e se suicide”, disse ele para Adalgisa Eliana Rios de Magalhães, a Gisa. Apesar da aparente frieza, a resposta de Paulo fazia de uma teoria sua na qual era preciso desafiar o Anjo da Morte e vencê-lo para viver em paz. Deu certo.


Homossexualismo e casamento compartilhado



A capa do livro de Fernando Morais: 632 páginas de histórias do mago
O medo da repressão política dos anos 60, e até um quadrilátero amoroso vivido por ele, sua mulher Cissa, uma amante japonesa de nome Keiko e o produtor musical Peninha (não o cantor) fazem parte da biografia do escritor. Fernando Morais também fala das experiências homossexuais de Paulo Coelho durante a juventude em uma fase povoada de dúvidas sobre sua sexualidade. Sem saber se era ou não gay, ele decidiu experimentar. Tentou por três vezes, foi rejeitado em uma, por um garoto de programa, e teve dois envolvimentos com colegas de teatro. Todos desconfortáveis para ele, diz o livro, mas eficazes para provar que aquela não era a praia do mago.

domingo, 25 de maio de 2008

DEMONIO DA SETÍMA ESTRELA


Possuído Não espere o dia chegar Pois não conseguirá mais ver A luz do sol irradiar Que fará seu olho arder Não contemple a calmaria Nem a chegada dos ventos Não tem mais uma carne, desconhece a agonia Seus, não são mais os pensamentos Você está vivo mas não sabe, Pois não tem sentimentos ações, nem memória Em você mesmo não cabe mais sua alma Pois alguém comprou a sua história E nunca lembrará quando, onde, Ou para quem vendeu Não cabe mais a você, aonde, Você vai, onde sua consciência se perdeu É tarde demais para chorar, Pois suas, não são mais as lágrimas Tentará, em vão, gritar, Mas aqueles que traiu, não ouvirão suas lástimas Não soube conduzir a sua vida, Por isso, entregou-a nas mãos de um mentor Esperou que ele mostrasse a verdade não compreendida De que o ser humano nasceu para a dor Sofrer é a condição de viver Mas você preferiu vender esse fardo O único motivo pelo qual morrer Deu sua única riqueza a um bastardo Confiou nos amigos, Que lhe chutaram o rabo Vivendo felizes em seus jazigos Rezam a Deus mas adoram o Diabo Não têm alma, credo, rebanho condenado Não têm um lado, a não ser, o que vence E depois de traído, você se convence De que a vida é honra demais a um fracassado Dê sua vida a quem melhor pode aproveitar Pois esperou Deus lhe fazer justiça, mas ele não veio Agora, só resta, sua alma, entregar Àquele sujeito medonho, feio Pai dos desgraçados, Mãe dos desprezados e desprezíveis Da terra dos trovões calados Ecoa o grito de suas crianças horríveis Um mundo tão condenado, Mas o único que o acolhe De onde você sempre será negado Nem seu cadáver miserável, a luz recolhe Não há saída para o que está perdido Nem há cura para quem é adoecido Não há paciência para quem está caído Por isso, deixei de ser esquecido e virei um possuído