domingo, 25 de maio de 2008

DEMONIO DA SETÍMA ESTRELA


Possuído Não espere o dia chegar Pois não conseguirá mais ver A luz do sol irradiar Que fará seu olho arder Não contemple a calmaria Nem a chegada dos ventos Não tem mais uma carne, desconhece a agonia Seus, não são mais os pensamentos Você está vivo mas não sabe, Pois não tem sentimentos ações, nem memória Em você mesmo não cabe mais sua alma Pois alguém comprou a sua história E nunca lembrará quando, onde, Ou para quem vendeu Não cabe mais a você, aonde, Você vai, onde sua consciência se perdeu É tarde demais para chorar, Pois suas, não são mais as lágrimas Tentará, em vão, gritar, Mas aqueles que traiu, não ouvirão suas lástimas Não soube conduzir a sua vida, Por isso, entregou-a nas mãos de um mentor Esperou que ele mostrasse a verdade não compreendida De que o ser humano nasceu para a dor Sofrer é a condição de viver Mas você preferiu vender esse fardo O único motivo pelo qual morrer Deu sua única riqueza a um bastardo Confiou nos amigos, Que lhe chutaram o rabo Vivendo felizes em seus jazigos Rezam a Deus mas adoram o Diabo Não têm alma, credo, rebanho condenado Não têm um lado, a não ser, o que vence E depois de traído, você se convence De que a vida é honra demais a um fracassado Dê sua vida a quem melhor pode aproveitar Pois esperou Deus lhe fazer justiça, mas ele não veio Agora, só resta, sua alma, entregar Àquele sujeito medonho, feio Pai dos desgraçados, Mãe dos desprezados e desprezíveis Da terra dos trovões calados Ecoa o grito de suas crianças horríveis Um mundo tão condenado, Mas o único que o acolhe De onde você sempre será negado Nem seu cadáver miserável, a luz recolhe Não há saída para o que está perdido Nem há cura para quem é adoecido Não há paciência para quem está caído Por isso, deixei de ser esquecido e virei um possuído

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Maiúscúlo