segunda-feira, 18 de junho de 2007

lacrimas profundere

Dançavam na escuridão as lágrimasD’alma entorpecida, corroídaEm dor de desprezoLembranças que vem e vãoAs lágrimas que dançam na escuridãoÉ de alma dilaceradaTorturadaUm corpo marionete da cançãoDançavam as lágrimasQuando você se aproximou E na escuridãoMinha mão beijou
Do lado de fora todos sorriamEnquanto dançavam as lágrimasVocê me abraçavaCompartilhando minha dorDespertei-me entãoNo dançar das lágrimasRealidade doíd aO vazioFoi no dançar das lágrimas que surgiu a paixãoPor aquele que nunca vejo Por aquele que somente sintoSempre comigoEntão no abandonoMe encontreiE no dançar das lágrimasCasei-me com a solidão

A DOR DO SILÊNCIO

A dor do silêncio me traz mementos De sua doce voz, a me tornar refém A me fazer sorrir em todos os momentos Sem medo, sem lágrimas, sem réquiem.
A dor do silêncio agora jaz aqui Naquela flor tão morta, tão calma Pedindo um choro qualquer para si Sem pompa, sem vela, sem trauma.
A dor do silêncio desatina a sede Da vida humana...o líquido carmesim! O sangue mortal cai em minha rede Sem culpa, sem volta, sem fim.
A dor do silêncio se faz presente Saudades da luz que tive um dia Pois vago nas trevas eternamente Sem vida, sem morte, sem poesia.
"Sou poeta das trevas e da melancolia Mas não choro lágrimas, choro poesia"