domingo, 11 de abril de 2010

Entropie

 A tarde despedia-se em tons de cinza, tranqüila era realmente um dia lindo

Estava em meu lugar secreto, sempre vou lá quando me sinto de alguma forma “cheio do mundo”. E mais fácil observar o silêncio, observar a si mesmo quando se esta só,


O sol despechava sobre aquele lugar os seus últimos raios, criando um cenário sobrenatural algo realmente entardece dor. Eu nem me percebia às vezes ficava tão incomum. Minhas únicas companhias era um cigarro um musica alguns pássaros desafinados e uma fina brisa, adorava aquela brisa, fazia questão de apanha - lá só para sentir a sensação de castigo, também tenho essa fraqueza essa do alto martírio.

Ficava meio que sedado quase que em transe. Eu me permitia a esse estranho deleite, e quando por algum motivo sentia vontade de chora, eu simplesmente deixava as lagrimas escorre, e elas pingavam silente naquele chão fértil quase que sagrado.

Deitar- se a grama olhar para o céu imaginar coisas mirabolantes arquitetar soluções impossíveis, sonhar sonhos estranhos já me era coisa monótonas, não satisfazia mais o meu desejo, precisava de algo mágico algo realmente estupefato. Incrível como eu estava sempre em contradição, descobrir que dizer sim não e uma questão de escolha mais sim uma questão de guerra, talvez por isso sempre fosse aquele lugar, talvez para me questionar, ou para fugir de alguma forma da realidade, também tenho dessa coisa “alto ilusão”.


Fato é que aquela tarde era esplêndida, e o meu peito esta mais leve só a mente ainda estava um pouco pesada, sempre era assim quando mais penso mais peso, mais isso não me preocupava não muito, sempre soube que as coisas da mente são menos perigosa do que as do coração. Às vezes só queria respirar um ar diferente, outras realmente me isolar, e aos poucos fui descobrindo aquele lugar, devido as minhas tantas idas e vindas, devido as minhas tantas necessidades. Descobrir que eu era meio que anti-social meio que comunista meio que alienado, as coisa passavam por minhas mãos por entre meus dedos e se esvaiam sem culpa sem rancor e sem perdão o verão sempre volta sempre voltava. A tarde despedia-se e tons de cinza e os astrônomos todos se reunião para anunciar um novo astro, eu fica ali por um tempo sem motivo sem explicação, olhando aquele encontro entre benção e maldição, o tempo passava e arrastava com ele tudo eu nem me percebia mais e já não era mais a mesmo, estranhas mudanças que acontece quando agente se vê assim na paz.

Eu estou na paz nesse estante, “eu estou em paz”, não essa paz paranóica coletiva delirante

Eu estou ausente do mundo, só estou para mim mesmo sem qualquer egoísmo. Todo mundo precisa de uma tarde, todo mundo precisa se retratar conversar com si mesmo pensar com si mesmo. . Eu percebia no ar um delicado perfume eram as flores, aquelas quais se antecipavam a escuridão já era hora de partir, despedir-se da tarde de si mesmo, já era hora de voltar para o coral filarmônico dos homens amedrontados, para o mundo das coisas de lá.
Bom que agora tenho um plano.
Leandro Goulartt

Ontem
Todos os meus problemas pareciam tão distantes
Agora parece que eles vieram pra ficar
Oh, eu acredito no "ontem"...
De repente
Não sou metade do homem que costumava ser
Há uma sombra sobre mim
Oh, "ontem" veio de repente
Yesterday

           The Beatles

3 comentários:

  1. Sempre achei que o caminho pra dentro é o maior motivo para existirmos. Não apenas pensar, mas sentir também.
    O outono é cinza, propicia viagens interiores, propicia uma busca em lugares desconhecidos. Todo o resto é passagem, é estação, é movimento!

    Entropie!

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  2. "Eu estou ausente do mundo"muito forte essa frase,os beatles sao bons,puts kra,acabo de ter um dejavu

    parabens pelo texto meu caro,abraço

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  3. Se perimitir enxergar as flores, sentir seu cheiro e administrar os sentimentos.
    È dificil? não pra quem tem a alma pelas mãos !

    parabéns.

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