segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

INTRAPESSOAL

Minha alma está molhada, as lagrimas ainda tintam minha face
As ondas balançam meus singelos pensamentos
Alivio-me do peso das coisas mortas, eu estive longe
Em um mudo de coisas manhosas

Na luz, na estranha luz do fundo caracol
No nu, no estranho nu do fundo girassol
No estranho espelho que revela meus segredos
Eu estava mergulhado nas águas do meu encontro

Em mim no estranho eu, a algo que o mar não corou apenas levou para longe
Meus olhos decaídos não podem ver mais lá em cima
Elas voam luzes celestiais. Minha alma ainda esta encharcada de sonhos
Mais eu já chorei um mar de lagrimas e nenhum deus se apiedou,

Minha alma está molhada de uma água escura, de uma água que queima feito fogo
Na luz, no nu no insensível olhar, singelos pensamentos
Eu me alivio do peso das coisas mortas, eu estive longe
Em um mundo de nuanças, em algum lugar do meu incômodo coração.

Leandro Goulartt
 
Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

Clarice Lispector

2 comentários:

  1. "No estranho espelho que revela meus segredos
    Eu estava mergulhado nas águas do meu encontro."
    Arrepiou. Emocionou. Tocou. Bom demais ler sua produção, poeta. Abraço!

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Maiúscúlo